O caos de mim
Reina em mim um desassossego
Desses que me faz tremer,
que me dá medo.
Que tira a fome, que tira o sono.
Que me faz sentir a amargura
de um extremo e completo abandono.
Como que por sucção
me remeto para dentro do meu ser.
Só existe eu comigo agora.
O silêncio é frio, ensurdecedoramente frio.
E olho partes de mim
Que não quero conhecer.
Partes de mim
Que nunca quis ver.
Mas como que hipnotizada, meu olhos não se desviam
Fixos, inertes, contemplam o desalinho.
E me revela, me desnuda.
A dor impera, dilacera, rasga.
Esta sou eu, toda desalinhada?
Com tantos azedumes e fraquezas,
raivas e mágoas represadas?
Esta é você! me ouço dizendo.
E então entendo o que está acontecendo.
E inicio o caminho de volta.
Percebo que amadureci, que cresci.
O lado bonito é muito fácil, é prazeroso.
Mas conhecer somente ele, é inevitavelmente desastroso.
Este caminho, cedo ou tarde
Eu iria percorrer...
Nesta busca incessante
Do meu EU
Do meu SER!
Nesta busca incessante
Do meu EU
Do meu SER!
Elzinha Coelho
Oi Elzinha
ResponderExcluirMe identifico tanto com esse processo.
Ele é sentido por demais e no final, ao teu encontro tudo sera válido.
Adorei mesmo!
Beijo meu
Conhecer nossas imperfeições e admiti-las nos dá a oportunidade de sermos melhores.
ResponderExcluirObrigada querida pelo carinho.
Um beijo