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Mostrando postagens de junho, 2017

Conformidades

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Já não tenho o tempo que eu tinha. Nem mesmo sou aquela que eu era. Descarrego bagagens pesadas demais, aliviando o peso das horas passadas. Conservo somente o tempo vivido; bom ou ruim, foi um tempo sentido. Nos sorrisos compartilhados envio mensagens de alívio ou de dor. Poucos me lê em, bem poucos e saber disso não me incomoda. Cada vez mais, me torna fácil ficar longe de contradições, já não quero agradar; entre o que sinto e o que digo reside somente o bom senso em não machucar, ser o que sou tem me bastado. O silencio tem sido resposta para onde a palavra não consegue chegar. Tenho gostado da minha presença em mim e as ausências não mais me importam. Já não tenho o tempo que eu tinha, mas também, não sou mais aquela que eu era. Elzinha Coelho

Mais amor de verdade, por favor!

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As pessoas andam por aí em busca de pessoas. A insatisfação está me parecendo crônica. O superficial, o raso, o morno, o quase nada, tem sido o que basta aos montes. Quantidade tem sido a opção em detrimento da qualidade. Tudo muito rápido. O bom, o simples, o que se tem, o que  traz paz, prazer e leveza ao coração não sacia. Sempre se imagina que ainda exista algo melhor e que merecem esse melhor. Nesta busca acabam por não experimentar o bom que se tem. Acabam por não construir relacionamentos sólidos, verdadeiros, leais, perdendo o essencial, simplesmente por não acharem tempo de "ver" o que possuem.  É muito triste o panorama. Vejo corações inquietos, desleais e de tamanha pequenez que me assusta. Banalizam o "Eu te amo" de uma maneira tão irresponsável que são capazes de dizer isso a mais de uma pessoa num curto espaço de tempo. Querem se sentir amados apenas, doar-se nem pensar, não querem arcar com o preço. Amor exige renúncia, dedicação, verdade e reci

Saturnando

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Senhor do tempo e da razão És o Saturno a me orbitar Taciturno mensageiro Mistério estelar... Pulsa, repulsa Ondas do mar na areia Meus pés, tu vens tocar... Misterioso mensageiro Taciturno estelar Orbita na ventania Com seus anéis a me enlaçar Saturnesco inquiridor Inquieto condutor Telúrica transcendência  Amálgama dos dons de amar                                                                                            Elzinha Coelho

Na minha pele

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Sou nas tardes longas, a que espera  Nas noites insones, a que acredita Sou a que não descrê e não pondera A que  não sucumbe  na desdita Sou a que de versos enfeita as horas Que de flor veste os dias Aquela de olhos serenos A que por dentro é calmaria Sou do simples, o fiasco Do caminho de luz, sou lastro Dos luzentes brilhos noturnos, o pó Imensidão incongruente e incompleta Meta de meios inespecíficos Parte de um todo ainda ausente Sou semente, sou delírio Sou a que é , sou a que sente... Elzinha Coelho

Ainda

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Ainda que lá fora eu chore Ainda que aqui dentro eu chova Mesmo que o frio implore Na minha alma, não encontra abrigo Ainda que o desmedido invente Ainda que o descumprido intente Mesmo que o frio implore Na minha alma, não encontra abrigo Ainda que o aparente vença Ainda que a fogueira queime Mesmo que o frio implore Na minha alma, não encontra abrigo Ainda que um fim seja a premissa Do folego ínfimo desistir Um só lampejo bastaria Pro amor em mim, resistir Elzinha Coelho