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Mostrando postagens de novembro, 2016

Poema Alado

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Não posso guardar poemas. Nascem de partos extremos e dolorosos, nascem das feridas, das fendas, dos buracos ainda abertos, das valas profundas, do barro tosco ainda sem forma, nascem das entranhas, estranhas, tamanhas... Nascem!  Não posso guardar poemas. Já chegam ao mundo livres, leves e voam pela necessidade extrema do risco de voarem. Pela bela maneira de se expressarem. Por saberem que portas se abrirão para que entrem e feito pássaros que conheceram o cativeiro, envolvem , levitam e se jogam novamente à doce aventura do voo, da liberdade, buscando outras portas e janelas, deixando sementes nas mentes sem tramelas, trancas, travas ou sentinelas. Não posso guardar poemas... Elzinha Coelho

Insights

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Tenho tido alguns insights , me clareando, mostrando formas, aqui bem dentro, bem no fundo, aqui onde o escuro era profundo, era e já não é muito, pressinto até que já não é tanto... e no entanto ainda há muito o que clarear, trazer levezas, resgatar purezas, dissipar (in)certezas. Conquistar meus escuros, meus abismos,  derrubar meus muros... é isso... insights derrubando muros!  Elzinha Coelho

CONEXÃO

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Quero os sentidos na mesma frequência.... Quero o toque, a sintonia, o calor, a energia, a sincronicidade, a magia, o cheiro, a alegria... Eu quero o amor! Quero ser amada... Desejar e ser querida. Entender e ser compreendida. Tolerar e ser aceita. E rir, rir muito... Rir juntos, rir separados... Só não quero chorar sozinha... E dar meu colo, meu ombro, meu corpo, minha alma... Ficar por ficar... eu fico comigo. Faz muito mais sentido! Aquarela da italiana Silvia Pelisser                                                                                                    Elzinha

O CAOS DE MIM

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Reina em mim um desassossego, desses que faz tremer e me dá medo. Tira minha fome, o meu sono, e faz-me sentir a amargura de um extremo e completo abandono. Como que por sucção, me remeto para dentro do meu ser, só existe eu comigo agora... O silêncio é frio... ensurdecedoramente frio... E olho partes de mim que não quero conhecer Partes de mim que nunca quis ver. Como que hipnotizada, meu olhos não se desviam Fixos, inertes, contemplam o desalinho... E me revela, me desnuda. A dor impera, dilacera, rasga! Esta sou eu, toda desalinhada? Com tantos azedumes e fraquezas, raivas e mágoas represadas? Esta é você! me ouço dizendo... E só então entendo o que está acontecendo. E inicio o caminho de volta. Percebo que amadureci, que cresci. O lado bonito é muito fácil, é prazeroso, mas conhecer somente ele, é inevitavelmente desastroso! Este caminho, cedo ou tarde Eu iria percorrer... Nesta busca incessante Do meu EU Do meu SER! Elzinha Coelh

Osho e a Poesia

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Jason Mraz - 93 Million Miles [Official Music Video]

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A 240 mil milhas da Lua Percorremos uma longa distância para pertencer a esse lugar Para compartilhar essa vista da noite Uma noite gloriosa Além do horizonte há outro céu brilhante Oh, minha nossa, que lindo Oh, meu pai irrefutável Ele me disse, filho, às vezes, pode parecer escuro Mas a ausência da luz é uma parte necessária Apenas tenha certeza de que você nunca está sozinho Você sempre poderá voltar para casa Casa Casa Você sempre pod e voltar

Desabitada

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Ela acredita em profundezas. Gosta de profundidades, o raso não a seduz nem lhe provoca coisa alguma. As profundezas que conhece já estão habitadas. Queria apenas uma, uma profundeza que houvesse espaço para as profundezas dela. Ali sim, estaria em paz, num abraço profundo e fecundo, onde nada mais lhe faltaria. Elzinha Coelho