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Mostrando postagens de janeiro, 2014

E assim é...

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Tudo se vai... Os momentos se vão, bons momentos sempre se vão. As pessoas com suas histórias, memórias, seus sorrisos, suas confusas emoções também se vão. Os beijos secam, as vozes calam...mãos distantes já não tocam, já não sentem... O que era prá sempre acabou na esquina. Três quadras de prá sempre e o prá sempre já era. E a gente segue insistindo, se iludindo, tentando não pensar que tudo passa, que sempre tudo o que é bom acaba, vira nada, poeira, pó... e só! Elzinha Coelho

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Sentimentos são amarras,  linhas invisíveis que prendem... roubando movimentos... aprisionando mentes... Elzinha Coelho

AMANHECENDO EM MIM....

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Ontem entristeci... E anoiteci logo que amanheceu O orvalho gelado ainda na pele O tom pastel do meu sorriso sem jeito (Ou um ensaio de riso refletido no espelho?) Dava ares de poucos amigos... Nublei como um céu em dia de chuva E chovi pelos olhos Chovi pelos poros Chovi pelos cantos Chovi como nunca E a chuva molhava A chuva envolvia A chuva limpava A chuva chovia E aliviava a noite sem lua E por minhas ruas escuras passava Desanuviando a hora tardia E sem me dar conta já me amanhecia... Elzinha Coelho 

ILUSÃO

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Tudo o que é bom Nunca é bom o bastante Sempre o que nos faz bem Faz bem só por instantes Não somos o que queremos Somos o que podemos ser Não temos o que sonhamos Apenas o que podemos ter E nessa lida da vida Nesta roda que gira e não para Buscamos sempre mais longe A flor que nos parece mais rara... Elzinha Coelho

COTIDIANO

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A gente se acostuma com a falta do dinheiro com o relógio e seu ponteiro com feijão sem tempero com metades ou inteiros A gente se acostuma sem flores na janela chuva sem telhado gesto sem cuidado perdas e esperas A gente se acostuma com a dor que dá no calo com desmandos ou regalos com o tempo que é fato com o real ou o abstrato A gente se acostuma com a falta de carinho com pássaro sem ninho com a vida em desalinho com o silêncio ou o burburinho A gente se acostuma E se esmera neste ato Sem pressentir que lentamente Deixamos de ser vida E nos tornamos um retrato Elzinha Coelho