Material descartável


Todo dia me deparo com príncipes.
Sem coroa. Sem cetro. Sem reino,
Como na poesia de Pessoa.

Humanos  fáceis. Inócuos. Fúteis.
Transvestidos do poder dado pela arrogância,
Fátuos, queimam em suas fogueiras.
Nessas horas o difícil é não largar...
Deixar que as coisas ocorram, apenas.

As pessoas não sabem mais olhar
Para outra coisa que
Não seja o próprio umbigo.

É fácil falar da miséria do mundo.
Fome, sede, frio, guerras, opressão,
Que assolam os povos...
Difícil é olhar a miséria interior!

Difícil é deparar com os destroços
Provocado pelas nossas faltas.

Difícil é recolher a palavras
Largada ao vento.
Palavra que destrói, que detona.
Palavras em larvas
Que incendeiam e magoam!

Esses materiais descartáveis
São fáceis de serem reconhecidos.
Olhe em volta de ti...

A primeira vistas são amáveis.
De elogio fácil.
Pródigos em subterfúgios,
Más, na essência!

Procuro sempre aquele
Que se preocupa com seus semelhantes.
Que troca a teoria pela prática.
Que entendeu a sua  miséria e a dos outros.
Que sabe compreender o desamparo.
Que perdoa as falhas dos outros,
E a sua própria....
"Tá" cada dia mais difícil...
.... Mas existem!
Faça uma ranhadura no
Verniz....e descubra!

 Delasnieve Daspet


 "Prefira afrontar o mundo servindo a sua consciência, a afrontar sua
 consciência para ser agradável ao mundo." (Humberto de Campos)

 

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