Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...
Verbo que habita seu mundo, que inspira e sonha mundos.Beijos.
ResponderExcluirOlá Arnoldo,
ExcluirObrigada pelo carinho.
Beijos
Olá Elza,
ResponderExcluirQue belo poema! você escreve muito bem mesmo.
Obrigado por seguir o erros e acertos. Já estou te seguindo.
Sempre que der vou passar por aqui e comentar.
beijos
Fico feliz Anderson, de tê-lo aqui.
ExcluirObrigada e beijos
Bom dia!
ResponderExcluirLindo demais seu poema.Gosto do teu jeito de escrever.
O verbo é a essência da frase,assim como da vida.
Grande abraço
se cuida
Somos ar e verbo!!!!
ExcluirObrigada pelo carinho.
Um beijo
Nossa, que lindo!!!!
ResponderExcluirLer poesia tão linda num domingo cedo, renova a energia da gente!....
Obrigada Andrea!!!!
ExcluirBeijo grande!!
Elzinha, seu verbo é perfeito para produzir essas belas poesias que tanto encanta.
ResponderExcluirBj
Obrigada pelas palavras.
ExcluirUm beijo