Há simplicidade no ar, cheiros de novidades, sussurros de intenções, busca da claridade. Há música nos corações, afeto nas pretensões. Há carinho no olhar, sorriso no despertar. A alma se agiganta impregnada de esperanças... saturada de desejos. Há abraços esperados, sorrisos despojados... Vontade aberta, escancarada, sincera de ser melhor, de crescer, amadurecer. Realmente há brilhos no ar, no olhar, no ato, no pensar. Há luzes por todo canto, por fora e por dentro... da alm a ao firmamento. Uma corrente de encanto que revigora, que fortalece e o que foi bom a gente guarda, o que não foi, a gente esquece . RECOMEÇAR... REAMAR... REENTENDER... REASCENDER... REINVENTAR... novos caminhos, outras verdades... outros carinhos, novas saudades... na grande roda que é a vida... NA GRANDE VIDA QUE É A NOSSA!    Elzinha Coelho           
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Mostrando postagens de 2017
A espera...
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    Um belo dia você vai chegar  E me fazer esquecer a espera  E os teus braços irão me enlaçar  E me mostrar que o céu é na terra   A minha boca irá mapear  Sem pressa, medo ou cansaço  Tua alma linda que reconheci  Naquele olhar que me lançou pro espaço   E o reencontro se repetirá  Em noites e noites de pleno abandono  Esquecer pequenices que permeiam o mundo  Para vivermos aqui o nosso sonho   Não se demore, porém, meu querido  O tempo é duro, implacável, cruel  Façamos da nossa distância, pretexto  Para chegarmos juntos no céu   Elzinha Coelho     
Conformidades
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      Já não tenho o tempo que eu tinha. Nem mesmo sou aquela que eu era. Descarrego bagagens pesadas demais, aliviando o peso das horas passadas. Conservo somente o tempo vivido; bom ou ruim, foi um tempo sentido. Nos sorrisos compartilhados envio mensagens de alívio ou de dor. Poucos me lê em, bem poucos e saber disso não me incomoda. Cada vez mais, me torna fácil ficar longe de contradições, já não quero agradar; entre o que sinto e o que digo reside somente o bom senso em não machucar, ser o que sou tem me bastado. O silencio tem sido resposta para onde a palavra não consegue chegar. Tenho gostado da minha presença em mim e as ausências não mais me importam. Já não tenho o tempo que eu tinha, mas também, não sou mais aquela que eu era.     Elzinha Coelho   
Mais amor de verdade, por favor!
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      As pessoas andam por aí em busca de pessoas. A insatisfação está me parecendo crônica. O superficial, o raso, o morno, o quase nada, tem sido o que basta aos montes. Quantidade tem sido a opção em detrimento da qualidade. Tudo muito rápido. O bom, o simples, o que se tem, o que  traz paz, prazer e leveza ao coração não sacia. Sempre se imagina que ainda exista algo melhor e que merecem esse melhor. Nesta busca acabam por não experimentar o bom que se tem. Acabam por não construir relacionamentos sólidos, verdadeiros, leais, perdendo o essencial, simplesmente por não acharem tempo de "ver" o que possuem.  É muito triste o panorama. Vejo corações inquietos, desleais e de tamanha pequenez que me assusta. Banalizam o "Eu te amo" de uma maneira tão irresponsável que são capazes de dizer isso a mais de uma pessoa num curto espaço de tempo. Querem se sentir amados apenas, doar-se nem pensar, não querem arcar com o preço. Amor exige renúncia, dedicação, verdade e reci...
Saturnando
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    Senhor do tempo e da razão  És o Saturno a me orbitar  Taciturno mensageiro  Mistério estelar...   Pulsa, repulsa  Ondas do mar na areia  Meus pés, tu vens tocar...   Misterioso mensageiro  Taciturno estelar  Orbita na ventania  Com seus anéis a me enlaçar   Saturnesco inquiridor  Inquieto condutor  Telúrica transcendência   Amálgama dos dons de amar                                                                                                 Elzinha Coelho          
Na minha pele
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      Sou nas tardes longas, a que espera   Nas noites insones, a que acredita  Sou a que não descrê e não pondera  A que  não sucumbe  na desdita   Sou a que de versos enfeita as horas  Que de flor veste os dias  Aquela de olhos serenos  A que por dentro é calmaria   Sou do simples, o fiasco  Do caminho de luz, sou lastro  Dos luzentes brilhos noturnos, o pó  Imensidão incongruente e incompleta   Meta de meios inespecíficos  Parte de um todo ainda ausente  Sou semente, sou delírio  Sou a que é , sou a que sente...    Elzinha Coelho         
Ainda
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     Ainda que lá fora eu chore  Ainda que aqui dentro eu chova  Mesmo que o frio implore  Na minha alma, não encontra abrigo   Ainda que o desmedido invente  Ainda que o descumprido intente  Mesmo que o frio implore  Na minha alma, não encontra abrigo   Ainda que o aparente vença  Ainda que a fogueira queime  Mesmo que o frio implore  Na minha alma, não encontra abrigo   Ainda que um fim seja a premissa  Do folego ínfimo desistir  Um só lampejo bastaria  Pro amor em mim, resistir    Elzinha Coelho        
SOLICITUDE (SOLITUDE)
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       A solidão com a qual me visto, tão leve, plena, me faz serena. Acalma a alma e qual chuva branda, me refrigera a mente. E tudo o que se sente expande em cores, solta as correntes, afrouxa as dores. A solidão tão solícita e presente, me deixa ausente das pressas e das promessas, e feito amigo inocente, que me ama simplesmente, me acompanha nestas horas, tão raras, tão efêmeras, na busca da essência enfim... do brilho com que me pintam, da luz que habita em mim.       Elzinha Coelho         
NA CONTRAMÃO
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      O banal institucionalizado, e na contramão, a escolha de quem não quer ser escolhida, de quem não segue os seguidos nem os seguintes. Levar a vida e não me deixar levar por ela; o lema de quem não dança como toca a banda.  Nas paredes as aquarelas mostram os conceitos estúpidos, mas aceitos como normais pelos gerais e a anormal geme conceitos inaudíveis, intraduzíveis, ininteligíveis, não se fala a minha língua. Sou estrangeira no meu próprio mundo, sou o absurdo. Sou a fé no que não há? E se há, aonde está? Aonde foi parar aquela gente "fina, elegante e sincera", que sente e de repente não tem medo de arriscar? Em que paragens foi morar a crença de criança que já as habitou? Sonhadora eis o que és, dizem-me alguns, afinal, escreves poemas, suas lentes vêem diferente? Sou a exceção, o indefinível e inexplicável modo de ver a vida e toda a sua complexidade; sina de poeta? Trago na minha bagagem apenas um Eu liberto. Livre do que é imposto e aposto ser mais leve o meu com...
(DES) CONEXÃO
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    Conexões desconexas  Tecnologias anoréxicas  Automático ligado  Ato sem fato  Sem fardo   Premissa inconclusa  Do si  Do mim  Do eu   Falta do afeto  Estéreis trocas  Frias, distantes  Acidulantes vitais  Toques de teclas  Telas de toque  Enfoque no play   Volúveis perfis  Ficção, fixação  Vínculos efêmeros  Alienação!   Elzinha Coelho    
Menina mulher que olhava o céu - Luzia Madalena Granato
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PRECE
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  Do sonho ela fez poesia  Como numa prece sussurrando ao silêncio  Pedindo aos anjos e santos  Proteção ao que no peito lhe ardia   E era tão grande essa dor  Que temendo então sucumbir  Apertou-a com as mãos cerradas  Tentando em vão por-lhe fim   Mas sabia ser impotente  Diante de dor lacerante  Queimava-lhe fundo na alma  A inexorável partida do amante   Ele,  por dias  sem fim  Habitou seu ser mais profundo  Fazendo-a protegida e segura  Do mau que havia no mundo   Agora, mãos jazem inertes  Corpo treme, cabeça rodopia  Do sonho sonhado, nada resta  Nem cantos, encontros, nem fantasias  Só a prece, os santos e a poesia...   Elzinha Coelho        
Desejos
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    Querer que alguém se importe Com a tua vida ou com tua morte Com teus desvarios, com tua sorte É querer achar o rumo Sentir onde está, avistar o norte Calçar os pés com um pouco de afeto Se agasalhar num abraço contente Sentir-se bem, crer que se é gente Ter um chão coberto de estrelas E um céu que seja teu teto Querer que alguém se importe É saber-se dono de nada E mesmo assim ser propriedade Sem amarras para te apertar Voar aos sabores dos ventos E sempre ter para quem voltar Elzinha Coelho  
Urgências
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        Quero no teu cheiro deslizar. Do teu corpo decolar, daqui para um outro lugar, talvez a um altar nas nuvens, ou apenas um degrau do chão. Nossos corpos alados, dançam a canção dos ventos, levando-nos leves  pela amplidão dos sentidos, desmedidos e desculpados pela própria razão do querer. Sentir teu colo acolhendo meu corpo, tua boca sorvendo meus beijos e tuas mãos, ah essas mãos! Traquinas, travessas, mapeando todo o meu ser extasiado, ardente, febril nos toques, nos cheiros da pele, do pelo, e nestas nossas urgências saborosas e pungentes, façamos juntos a viagem dos amantes, eternizando-nos na sublime e suprema arte de amar, sem delongas,  sem medidas,  nem demoras ou despedidas...     Elzinha Coelho   
Indo...
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           Estou saindo fora de tudo o que me incomoda. Pessoas frias, vazias, dissimuladas, mal educadas. Pessoas forçadas nas atitudes, que fingem ser doces quando na verdade, são rudes. Pessoas essas que já estão fora de moda, fora da roda, estão sem espaço. Cada vez mais sós... entre os nós que elas próprias laçam!         Elzinha Coelho    
Metamorfose
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     Do pintor peruano Hugo Espíritu residente em São Paulo - Brasil.      E qual seria o meu papel nesta história toda? A vida chega recheada de expectativas e aí você lê numa fonte confiável, afinal, é nela que achas as respostas mais sensatas pro que precisa,"não as crie", mas só se me abdicasse de todo e qualquer sentimento; expectativa é a esperança de um tempo que ainda não existe. E alguém pode me dizer como se pode viver sem esperanças? E então a sensatez deixa de fazer sentido já que a minha pergunta agora é outra;chego na tal encruzilhada, aquela mesma que vivemos contornando o caminho para não nos dar de frente com ela. Se protela o instante, feito criança que teima em não cumprir regras, nem normas, justamente fugindo das tais escolhas. É clichê ouvir "não crie expectativas"... como se fosse fácil não ter esperança. Já nascemos com a esperança de sermos cuidados, acolhidos, alimentados, amados, assim sendo, nascemos criando expectativas, que certamente i...
"Motivo" - poema de Cecília Meireles, musicado por Fagner
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Mar de Mim
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    Alma livre de poeta  Que em si sempre encerra  Os desejos em pé de guerra  nos vendavais que habitam em mim   Alma livre de quem sonha  Nas noites e noites de amarguras  Fitando a luz leve da lua  Retendo-a docemente na retina   Hora chora, Hora ri  E nesta dança do ir e vir  Em emoções caudalosas  Sinto os pés por sobre as ondas  Que as espumas feito brumas  Levitam levando-me dali   Doce e terna aparência  Calmaria que disfarça  em mim toda a luta  em ebulição na própria farsa   Do que sei, nada quero  Do que quero, não saberei  Sou no mundo um mistério  E o mistério em mim é Rei    Elzinha Coelho    
"Fumo" - poema de Florbela Espanca, musicado por Fagner
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Solicitude
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     A solidão com a qual me visto, tão leve, plena, me faz serena. Acalma a alma e qual chuva branda, me refrigera a mente. E tudo o que se sente expande em cores, solta as correntes, afrouxa as dores. A solidão tão solícita e presente, me deixa ausente das pressas e das promessas, e feito amigo inocente, que me ama simplesmente, me acompanha nestas horas, tão raras, tão efêmeras, na busca da essência enfim... do brilho com que me pintam, da luz que habita em mim.      Elzinha Coelho  
SUBENTENDIDO
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    Sigo pelas asas do poema  Que me embala, docemente  Por tantos cantos, belos becos, lindos temas  Pelas trilhas maltrapilhas ou reluzentes   Versando as horas, o tempo, os dilemas  De quem sem culpa, se atreve discernir   Oque de dentro te transborda pelos poros  E inutilmente, se tenta impedir   Qual tal demônio é este poeta  Que com seu ferro certeiro sempre afeta  Trazendo à lembrança, oque se esconde  A tal  ferida, mal curada ainda aberta   O que seria do que é se não fosse o que se fez?  Em qual momento da partida caberia o não?  Quanto se perde quando a medida não te cabe?  Por qual razão há tantas portas?  E o que fazer quando nada disso importa?   Se há no mundo algo de poder capaz  De despertar em ti  o avesso do espelho  São os versos duros de um poema  Que nas entrelinhas, sempre esconde um conselho!    Elzinha Coelho     
Na Contramão
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      O banal institucionalizado, e na contramão, a escolha de quem não quer ser escolhida, de quem não segue os seguidos nem os seguintes. Levar a vida e não me deixar levar por ela; o lema de quem não dança como toca a banda.  Nas paredes as aquarelas mostram os conceitos estúpidos, mas aceitos como normais pelos gerais e a anormal geme conceitos inaudíveis, intraduzíveis, ininteligíveis, não se fala a minha língua. Sou estrangeira no meu próprio mundo, sou o absurdo. Sou a fé no que não há? E se há, aonde está? Aonde foi parar aquela gente "fina, elegante e sincera", que sente e de repente não tem medo de arriscar? Em que paragens foi morar a crença de criança que já as habitou? Sonhadora eis o que és, dizem-me alguns, afinal, escreves poemas, suas lentes vêem diferente? Sou a exceção, o indefinível e inexplicável modo de ver a vida e toda a sua complexidade; sina de poeta? Trago na minha bagagem apenas um Eu liberto. Livre do que é imposto e aposto ser mais leve o meu com...
Apelo
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  Nada está perdido  Nada foi em vão  Não se perca na história  A ilusão é efemera   Deixe-me não ir ainda  O propósito que não se finda ainda perdura  Mesmo que não mais creia  Mesmo que não mais queira   Ainda há chance para acreditar  Ainda é tempo de agregar  os sentidos todos que se espalharam  Por tanta demanda à espreitar   Basta um gesto doce  O de lembrar o gosto que trouxe  A minha boca na tua pele  A tua pele no meu peito   Deixe-me não ir ainda  A porta está aberta na sala  Teus olhos me imploram  Mas tua boca se cala   Perder-te de mim não é o que quer  Ainda sente o ardente toque no rosto  Que com gosto toquei sem hesitar  Deixe-me não ir ainda   Feche a porta  Deixe-me ficar!   Elzinha Coelho        
AMOR
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      O amor nasce nos corações dispostos, nas almas elevadas, despojadas e disponíveis. Cada um a seu tempo, cada qual no seu próprio passo, chegará como esta planta chegou, à luz. Descobrirá que amor não machuca, não desfaz, não esquece. Amor é grato, é por si só o todo, o tudo, o início e o fim.  Amor é calmaria, aconchego, segurança, sintonia. Amor é certeza inviolável. Mansos os que amam.  Mas em nome do amor já vieram guerras santas; há guerras santas cotidianas por todo canto, a todo tempo. Codimistas insanos, profanos. Insensatez e ilusão que ainda confunde a humanidade. Amor passa longe disso tudo.  Amor é um profundo, intenso e belo estado de ser. O que foge disso é simples ilusão, é martírio, confusão. Amor  não pede, doa! Não busca, é! Nunca vai embora, está!     Elzinha Coelho