SUBENTENDIDO


Sigo pelas asas do poema
Que me embala, docemente
Por tantos cantos, belos becos, lindos temas
Pelas trilhas maltrapilhas ou reluzentes

Versando as horas, o tempo, os dilemas

De quem sem culpa, se atreve discernir 
Oque de dentro te transborda pelos poros
E inutilmente, se tenta impedir

Qual tal demônio é este poeta

Que com seu ferro certeiro sempre afeta
Trazendo à lembrança, oque se esconde
A tal  ferida, mal curada ainda aberta

O que seria do que é se não fosse o que se fez?

Em qual momento da partida caberia o não?
Quanto se perde quando a medida não te cabe?
Por qual razão há tantas portas?
E o que fazer quando nada disso importa?

Se há no mundo algo de poder capaz

De despertar em ti  o avesso do espelho
São os versos duros de um poema
Que nas entrelinhas, sempre esconde um conselho!


Elzinha Coelho



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