Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...
Oi Elzinha,
ResponderExcluirTudo bem? Dois podem se tornar tantos quando as rotas divergem por escolha ou descuido. E aí o medo de amar é provisório, pois quando um novo chega, as estradas se recompõem.
Beijos.
Lu
Obrigada Luciana pelo comentário e pelo carinho da visita.
ExcluirBeijinhos
"No sereno sabor do encanto
ResponderExcluir"Na doce ilusão de um momento
Em que dois se tornam tantos
Entrelaçados num só sentimento...
Elzinha Coelho"
Lindo lindo parabéns. Grato pela visita.Passei a ser seguidor.
Obrigada Antonio,
ExcluirFico muito feliz por vê-lo aqui.
Um beijo
"...Na doce ilusão de um momento..". É isso:)!
ResponderExcluirExcelente poema. Gostei.
Bjo
Beijos Álvaro!!!!
ExcluirFico feliz com o carinho.
Medo de amar,
ResponderExcluirMedo de falar,
Medo de calar...
Medos, medos e medos.
Tantos que devemos enfrentar.
Então, o amor fala, o coração cala e aprendemos amar.
Bela poesia, amiga Elzinha!
Beijão!!
É sempre muito bom vê-lo aqui!!
ExcluirBeijos poeta!!