Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...
Talvez... talvez... talvez... a dúvida nos consome... mas é nela que encontramos a busca do nosso eu!... Amei o seu espaço. Espero sua visita no meu!... Abraço
ResponderExcluirFico muito feliz com tua visita Nidja.
ExcluirVisitarei com todo prazer o teu espaço.
Beijos
É verdade, tem coisas que não tem como mudar, mas cabe a nós amenizar o que não for tão legal.
ResponderExcluirUm abraço amiga e parabéns sempre por seu lindo poetar.
Obrigada Maria Teresa, por estar sempre aqui com seu carinho!
ExcluirBeijos Beijos