Cotidiano
A gente se acostuma
com a falta do dinheiro
com o relógio e seu ponteiro
com feijão sem tempero
com metades ou inteiros
A gente se acostuma
sem flores na janela
chuva sem telhado
gesto sem cuidado
perdas e esperas
A gente se acostuma
com a dor que dá no calo
com desmandos ou regalos
com o tempo que é fato
com o real ou o abstrato
A gente se acostuma
com a falta de carinho
com pássaro sem ninho
com a vida em desalinho
com o silêncio ou o burburinho
A gente se acostuma
E se esmera neste ato
Sem pressentir que lentamente
Deixamos de ser vida
E nos tornamos um retrato
Elzinha Coelho
Costumes que nos limita entre fronteiras.Beijos
ResponderExcluirHá sempre o limite...
ExcluirObrigada Arnoldo, pelo carinho.
Um beijo
Bonito e encantador poema!
ResponderExcluirUm beijo Rui.
ExcluirÉ muito bom saber que gostou.
Elzinha,
ResponderExcluirTudo bem? Lindo! Vou te confessar que sou teimosa e não me acostumo com o cotidiano. Isso tem me levado a vários embates na vida, mas estou viva.
Boa semana e beijos.
Olá Luciana,
ExcluirQue bom que não se acostuma, eu também não, mesmo tendo que pagar por isso.
Boa semana prá você!!!
Beijos
Visitarei com certeza.
ResponderExcluirBeijo
lindo
ResponderExcluirsabe aquela inveja
no estilo
"gostaria de ter escrito isso?"
Fico feliz Aquiles, pelo carinho.
ExcluirUm beijo!
Obrigada Morgan!!!
ResponderExcluirBeijo!!!!