Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...
O pior dos castigos...a solidão sentida a dois!
ResponderExcluirBom final de semana
Beijo meu
Sónia
Obrigada Sônia pelo carinho.
ExcluirUm beijo
A solidão habita os cômodos de cada um.Parabéns.
ResponderExcluirOlá Arnoldo!
ExcluirObrigada pela visita.
Beijos
Lindas palavras amiga Elzinha. Agradeço sua visita em meu blog. Obrigada e sempre que puder me visite, será sempre um prazer, e estarei sempre por aqui,para ler suas belas e ternas palavras.Bjs! Fernanda Oliveira
ResponderExcluirObrigada Fernanda!!!!
ExcluirUm beijo de carinho