Amar...fanhado
    Amores que ficam entrelaçando nosso vãos...  Que não se vão, que permanecem, que estão!  Surdos aos nossos nãos...  Amores perdidos pelo caminho em desalinho,  pelos tropeços da alma imatura, insegura..  Amores que poderiam ter sido... ou ido...  sadios... sãos...  Se tornam mãos a apertar o pulso  impedem o impulso  tiram o soro do olhar  deixam o cheiro do fracasso   o gosto acre na boca  a sede, a cabeça oca  a alma amassada, amarrotada  sem ter para onde ir!  sem ter onde ficar!  Doce martírio...  Amarga comédia...  De quem viveu o bastante  Para olhar de longe... quanta tragédia!!    Elzinha Coelho