Poesia é poesia
Palavras soltas vejo em versos de prosopopeias psicodélicas,
onde a palavra melhor escolhe o métrico método de ser mostrada. Amontoadas, as
sílabas mansas travestidas de inócuos
brilhos retratam no melhor estilo, a bagagem de quem lhe dá os trilhos. Ah
falsos poetas! Oque não arranha tuas entranhas não é poesia. Não é poesia o que
não amarga a tua saliva ou adoça a tua lágrima. O que não te sai de dentro em
volúpias e arrepios, o que não te tira o sono e o sossego, o que não expõe os
teus medos, tuas verdades, teus encantos, vindos dos confins de ti. Não é poesia o que não
te vem de dentro em convulsivas ondas desavisadas, estampidos, estampadas. Fazes um mecânico gesto... que de poesia não tem nada!
Elzinha Coelho
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