Talvez


Talvez se me entendessem, vivenciariam bem melhor os momentos comigo e melhor ainda, as ausências de mim. Se me entendessem, se soubessem da minha carga e de meus apelos, dos meus fins, dos meus medos, me aceitariam assim, descalça, sem medida. Talvez se soubessem o quanto uma mão me fez falta, acreditariam nas minhas  estendidas. Se soubessem do frio que minha alma já sentiu, saberiam o que procuro num abraço. Talvez e só talvez, porque nada é certo, aceitariam o que sou, acreditariam nisso. Quem sabe, o que digo não faça sentido algum fora desse meu universo, e é nos versos que componho que encontro o abrigo que tanto quero. Tudo é muito simples, mas o simples as vezes assusta. Talvez e sempre o talvez, eu perca aos poucos a claridade, e pareça um pouco mais nublada, assim, talvez não precise tanto das mãos, dos braços, dos abraços... só dos versos e mais nada!


Elzinha Coelho

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