O dom de ser assim

Poeta que tem o dom de iludir Que fala da dor Sem mesmo nele existir Ternos poetas Que carregam o barulho do mundo Compondo na poesia O seu canto doce e profundo Fazem da pele o refúgio De todo o toque bem vindo E mostram no olhar o que tem De mais terno, suave e divino Seres livres, leves, alados Voando entre alheias dores A tantos corações apertados Levando perfumes e cores São eles cobertos de luz Que se deixam levar pela mão Para dentro de todo o sentido Que há entre o céu e o chão Elzinha Coelho