Dracma Perdida (Repostando)



Feito graveto fincado na areia
Como pedra no fundo de um poço
Feito mosquito preso na teia
Sou o frio do fundo do fosso 

Quanto de dor ainda há pela frente?
Quanto de esperas cabe na mente?
Quanto de tempo se perde do ausente?
Com qual medida se mede o que sente?

Alma perdida, engolida no espaço
Sou como o laço feito de nó
Como sereno em noite sem lua
Das cinzas que restam, eu sou o pó

Sou como o dia com nuvens de chuva
Sou como estrela cadente que cai
Sou raiz arrancada da terra
Sou como um barco a procura do cais


Elzinha Coelho


Em homenagem ao meu irmão Eduardo, que um dia irei encontrar e saber todas as respostas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eu

O CAOS DE MIM

FENIX