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Aforismos de uma Insana Sensatez
Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...

Tbm adorei seu blog, sus poesias são ótimas! pxa, fiqei com vontade de ver alguma coia do seu avô, tenho certeza que ira adorar, bem,de qualquer forma, muito bm seu blog.
ResponderExcluirOlá Alex,
ExcluirPois é, pouca coisa ficou do meu avô. Tenho apenas duas telas à óleo que enfeitam as paredes do meu quarto, são meus tesouros.
Obrigada por vir até aqui e pelo comentário.
Grande beijo