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Aforismos de uma Insana Sensatez
Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...

Amiga Elzinha, passando por aqui para apreciar o lirismo dos teus versos.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas um lindo dia.
Meu amigo Dilmar, fico feliz por te-lo aqui.
ExcluirObrigada
Um beijo
Que lindo Elzinha!
ResponderExcluirSempre me emociono com seus dizeres.
Lindo poetar, beijinhos no coração.
Querida Maria Teresa, obrigada pelo incentivo e pelo carinho.
ExcluirUm beijo