Não era dada a recordações. Passava com a sutileza de um trator por cima do que, de alguma forma, lhe provocasse algum desconforto. Ela era uma caixa cheia de gavetas. Algumas trancadas sem nunca terem recebido uma visita sequer. Gavetas empilhadas, cheias de memórias e histórias que não podiam ser tocadas. Talvez por algum breve instante pressentisse a presença delas. Mas isso era tudo o que conseguia a respeito. Pressentir vez ou outra a existência delas. E caminhava a passos largos, espinha ereta e aos olhos alheios, quase que intocável pelas mazelas que a vida sempre fez questão de lhe presentear. Tudo a sua volta ruía e ainda assim, a espinha não se dobrava. Sabia sorrir como ninguém. E nos sorrisos deixava transparecer um insólito desejo. Uma vontade louca e inquietante de ir além do óbvio, do suposto, do já estabelecido. E até por isso, quem sabe, as tais gavetas permaneciam fechadas. Memórias são obvias demais, emperram os passos, apertam os laços. E se algo havia o qual l...
Olá amiga Elzinha vim agradecer a sua visita. Seu blog está muito bonito. Belo poema! Beijos! Fernanda Oliveira
ResponderExcluirViver é aprender sempre a fazer tentativas
ResponderExcluirPois é o tentar que impulsiona a vida
Que abre novas perspectivas
Que cicatriza feridas.
O tentar ás vezes custa muito caro
Mas o NÃO tentar custa muito mais
Pois NÃO tentar é OMITIR de viver
E isto é triste demais.
Eu me absolvo por quase tudo
Sou fácil de me perdoar
Mas me condeno severamente
Quando não tenho coragem de TENTAR.