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Mostrando postagens de outubro, 2016

Meu Coração - Arnaldo Antunes

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MÃOS

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Mãos que apoiam, que afagam, que tocam com cuidado nossa alma de pecados acalmando os nossos nãos. Mãos que surgem sem ter pressa, que conseguem sem promessas, aprumar o desacerto refazendo o nosso chão. Mãos benditas que seguram nossas frágeis mãos pequenas tão confusas nos dilemas que assombram o coração… São as mesmas mãos serenas, tão sinceras, tão amenas que me fazem não descrer. Estas mãos sempre serão versos doces de um poema… Elzinha Coelho

Supplying me

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É preciso em algum momento do dia, do mês ou da vida, dar um tempo e deixar o barulho do mundo longe dos ouvidos do coração. Já percebi que meus silêncios falam tão alto quando desligo o botão do som externo, que fica fácil escutar o que me vem de dentro. É claro que me vem coisas ruins de ouvir ou sentir, quem não as tem? Isto deixo de lado ou depois de entendê-las, jogo na caixinha do "some tudo", (sou fã desta caixinha) e me abasteço de todo o afeto guardado, das memórias que me trazem sabores e cheiros. A vida é um Deus nos acuda todo o tempo, então, se a gente pode desligar o tal botão, que façamos sempre. Sempre que o aperto chegue e a noite nos pareça mais escura, ou quando um arrepio de angustia nos percorre a espinha. As respostas estão todas lá, apenas nos espera. É do nosso lado de dentro que somos a verdadeira imagem que espelho nenhum reflete. Pro nosso lado de dentro o espelho é cego, os olhos alheios são cegos;  olhos do mundo são cegos e acreditem, este

Liniker - Zero

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A gente fica mordido, não fica? Dente, lábio, teu jeito de olhar Me lembro do beijo em teu pescoço Do meu toque grosso, com medo de te transpassar A gente fica mordido, não fica? Dente, lábio, teu jeito de olhar Me lembro do beijo em teu pescoço Do meu toque grosso, com medo de te transpassar A gente fica mordido, não fica? Dente, lábio, teu jeito de olhar Me lembro do beijo em teu pescoço Do meu toque grosso, com medo de te transpassar Peguei até o que era mais normal de nós E coube tudo na malinha de mão do meu coração Peguei até o que era mais normal de nós E coube tudo na malinha de mão do meu coração A gente fica mordido, não fica? Dente, lábio, teu jeito de olhar Me lembro do beijo em teu pescoço Do meu toque grosso, com medo de te transpassar A gente fica mordido, não fica? Dente, lábio, teu jeito de olhar Me lembro do beijo em teu pescoço Do meu toque grosso, com medo de te transpassar (e transpassei) Peguei até o que era mais normal de nós E coube tudo na malinha de mão do me

Hodierno

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Cuidado nas urgências do coração. Nessa ânsia de se ter um amor e receber na mesma fração, qualquer ser é belo, qualquer belo é bom! Elzinha Coelho

Ferreira Gullar

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"Pretendo que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e o desamparo, acender uma luz qualquer, uma luz que não nos é dada, não desce dos céus, mas que nasce das mãos e do espírito dos homens."

Abalo Seco

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Bem pouco sei do que me falta.  Nem mesmo sinto o que me excede.  Sei que me calo por entre os dentes,  e o que não falo me causa febre. Sei que não sou fácil nem santa,  nem tenho o encanto que tanto prego. Entre minhas mãos guardei veneno,  e prá muitas dores me fiz de cega. Vejo ilusões cobrindo corpos  de vaidades distorcidas,  que enganam, mentem e matam  sem pudores a própria vida. Bem pouco sei do que me falta... Elzinha Coelho

Intencionalidade

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Ninguém vive bem sem um amor... Pelo menos, sem a ilusão de tê-lo! Elzinha Coelho

Amor Maduro

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O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido colorido e poetizado. Não carece de demonstrações. Presenteia com a verdade do sentimento. Não precisa de presenças exigidas. Amplia-se com as ausências significativas. O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro – está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito. O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou criando dimensões nova

Poema do Pesapego

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Queria ser como a água e contornar Como o vento e passar Somente ser a noite e brilhar Apenas o colo que acolhe Não sentir vontade de ficar... Sem raízes, sem prisões Sem esperas, nem demoras Ser sem ter Doar, ceder Tecer a vida como o vento tece a água Contornando e passando Com pressa de ir embora... Mas não se é tempo, nem água, nem vento Somos presas,  pragas, pensamentos Ligeirezas, ilusões, sentimentos Somos dores, sabores, amores Laços, temores, abraços Confusas emoções, tênues traços Sorrisos, perdas, memórias Lágrimas, sonhos, cansaços Espaços, lembranças, histórias Somos o tudo num só momento O eco, o oco, o profundo O grito de dor no tormento E o riso de alívio do mundo! Elzinha Coelho

VIDA

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A vida tece as suas manhas e artimanhas Nos enredando em seus novelos Nas suas tramas Conduzindo, fiando o fio De toda gente Entrelaçando nossos destinos Criando laços Desamarrando os nós E embaraços No fim de tudo Com toda a graça Se faz o manto Que causa dor Traz alegria Revela encantos É a tua vida É a minha vida Supremo Espanto! Elzinha Coelho

Ovo Frito

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Ovo frito da melhor qualidade Porque junto vem um beijo Com gostinho de saudade E oque pode ser melhor para ter, que um ovo frito, um carinho e você? Elzinha Coelho (Brincando de poemar)

Insônia

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É um desassossego que me tira a calma De um não sei o que que não fala, cala Me desaguando inteira, emudecida e fria Nas noites insones...                                              tensas galerias... Elzinha Coelho 

Poesia? (Repostando)

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Palavras soltas vejo em versos de prosopopéias psicodélicas, onde a palavra melhor escolhe o métrico método de ser mostrada. Amontoadas, as sílabas mansas travestidas  de inócuos brilhos, retratam no melhor estilo, a bagagem de quem lhe dá os trilhos. Ah falsos poetas! Oque não arranha tuas entranhas não é poesia. Não é poesia o que não amarga a tua saliva ou adoça a tua lágrima. O que não te sai de dentro em volúpias e arrepios, o que não te tira o sono e o sossego, o que não expõe os teus medos, tuas verdades, teus encantos, vindos dos confins de ti. Não é poesia o que não te vem de dentro em convulsivas ondas desavisadas, estampidos, estampadas. Fazes um mecânico gesto... que de poesia não tem nada! Elzinha Coelho

Encontro (Repostando)

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Nas frases soltas ditas sem pressa Nos gestos suaves trocados sem medo Guardando segredos Embalando promessas Brilhando os olhares Os corpos em festa Jurando amores Eternos sabores Dois seres se encontram Se entregam, se têm E os anjos de longe Observando o encanto Se entreolham sorrindo E dizem... amém! Elzinha Coelho

Dracma Perdida (Repostando)

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Feito graveto fincado na areia Como pedra no fundo de um poço Feito mosquito preso na teia Sou o frio do fundo do fosso  Quanto de dor ainda há pela frente? Quanto de esperas cabe na mente? Quanto de tempo se perde do ausente? Com qual medida se mede o que sente? Alma perdida, engolida no espaço Sou como o laço feito de nó Como sereno em noite sem lua Das cinzas que restam, eu sou o pó Sou como o dia com nuvens de chuva Sou como estrela cadente que cai Sou raiz arrancada da terra Sou como um barco a procura do cais Elzinha Coelho Em homenagem ao meu irmão Eduardo, que um dia irei encontrar e saber todas as respostas.

Minha poesia

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Pode ser que em algum momento eu organize toda essa bagunça aqui, ou pode ser que não. Talvez se organizasse toda essa coisa que brota feito água das minhas pedras, meus jardins não seriam tão bonitos; minhas flores não teriam tantas cores, pelo menos para mim. Equalizo os sentidos, todos eles, visto a minha pele, me abasteço com palavras e saio por aí, verbalizando o contido, o restrito, solenemente e tão docemente, que o que antes seria impossível ser, acaba por nascer sendo. E aos poucos, bem lentamente, como hologramas a levitar nos meus céus, minha alma desenha suas formas... no meu mar, no etéreo e no papel. E assim sigo eu, com toda essa bagunça disfarçada,  antes de tudo ou de quase nada... Elzinha Coelho